A administração própria tem como grande fator positivo o facto de – pelo menos no início – ser mais fácil e rápido o estabelecimento da confiança dos condóminos num administrador que é seu vizinho. Além disso, reduzem-se custos com uma contratação externa, já que esta função é normalmente exercida a título gratuito.
Esta forma de administração tende a funcionar relativamente bem nos condomínios pequenos, onde, pela sua simplicidade, o administrador até pode encontrar e adotar modelos de administração exemplificativos nos manuais que se encontram à venda no mercado. Mas a primeira dificuldade surge quase sempre com a falta de voluntários – afinal, nem todos querem assumir a responsabilidade de gerir o condomínio…
Cada vez mais, os condóminos estão conscientes de que administrar o condomínio é um cargo de muita responsabilidade. Para o exercer, embora não seja necessário ser advogado ou contabilista, é preciso possuir ou adquirir algumas noções elementares de contabilidade, bem como conhecimentos específicos sobre legislação que se encontra dispersa por vários diplomas legais, acrescendo ainda o facto de ser obrigatório que tenha formação na área de segurança contra incêndios (conforme Portaria n.º 1532/2008 de 29 de dezembro).
A tarefa de zelar pelo bom funcionamento do condomínio, fazendo respeitar as normas do regulamento interno e o pagamento atempado das quotas, coloca por vezes o administrador na ingrata condição “de mau da fita”, dificultando a sua relação com a vizinhança.
Mesmo havendo empenho e vontade, a correria da vida funciona muitas vezes em desfavor do administrador. Num dia a dia cada vez mais veloz e absorvente, os compromissos familiares e profissionais nem sempre deixam tempo e disposição para tratar dos assuntos do condomínio – acabando as obrigações do administrador por ficar para segundo plano. Outras vezes, é o próprio amadorismo da pessoa eleita para o cargo que torna a administração incompatível com o padrão de qualidade pretendido.
Assim, e como começámos por referir, é essencial perceber o que melhor funciona para o teu condomínio, para que a decisão de quem vai, afinal, administrar o edifício seja eficaz e não mais uma “dor de cabeça”.