Imagina que, após um longo dia de trabalho, chega finalmente a hora de ir dormir. Deitas-te confortavelmente na cama, mas não consegues adormecer com o barulho da máquina de lavar roupa, da televisão, da música e do arrastar de objetos que vem da casa do vizinho de cima.
Começas às voltas na cama, tapas a cabeça com a almofada, vês as horas a passar no relógio. Sentes que já não consegues dominar os nervos, levantas-te, vestes o roupão e vais bater à porta do vizinho – que se irrita com o pedido de silêncio e te maltrata verbalmente.
Depois disto, solicitas ao administrador uma assembleia para tentar resolver esta questão, assim como um problema da infiltração na fachada do edifício que está a danificar não só partes comuns, mas também o teto da sala da fração do vizinho que mora ao teu lado.
Já se marcaram várias assembleias, mas nunca se conseguiu aprovar um orçamento para a reparação porque não comparecem condóminos suficientes para se obter quórum...
Se moras numa casa em regime da propriedade horizontal, toda esta história pode ser tua. Podes, em qualquer momento, ser o condómino que não dorme, que é alvo de agressão verbal, ou que não vê feitas as reparações necessárias no edifício. Ou, pelo contrário, podes também ser tu, por vezes, o tal condómino que incomoda com o barulho, que responde mal aos vizinhos, ou que não participa nas assembleias.
Vence “os inimigos” da vida em condomínio e respeita os direitos de personalidade, nomeadamente o direito ao silêncio, e propriedade dos teus vizinhos. Participa positiva e assertivamente nas assembleias onde se podem deliberar regras que ajudem a manter a paz, a boa utilização dos espaços e dos equipamentos comuns e o bom estado e a valorização do património.
Afinal, não seres o causador nem a vítima de situações de conflitos no condomínio depende apenas de ti.